Por: Gabriella Noronha*
Com o tempo vai se tornando hábito: à medida que vamos produzindo textos acadêmicos, a descrição das etapas da pesquisa já flui naturalmente, as citações rapidamente viram referência ao final, os títulos, negritos e itálicos são logo formatados, as imagens e tabelas são devidamente numeradas e as respectivas legendas e fontes, padronizadas. O(a) pesquisador(a) brasileiro(a) de longa data tem as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) na cabeça e, quando a dúvida aparece, sabe logo como e onde consultar.
Mas, para quem está ingressando na vida acadêmica, são comuns perguntas do tipo: “Pra que normalizar e padronizar os trabalhos? Não é apenas um esforço maçante e desnecessário?”
De fato pode ser enfadonho ajustar o manuscrito às normas, e não raro há aqueles que terceirizam esse trabalho. Todavia, não é em vão: é a partir da normalização que o texto se torna compreensível e organizado aos leitores, permitindo o intercâmbio do conhecimento. A padronização oferece, ainda, certa confiabilidade às publicações, uma vez que o rigor metodológico e a qualidade técnica do trabalho transparecem na forma como ele é apresentado.
Aí você se pergunta: “Ok, mas por onde eu começo?”
Em resumo, as normas da ABNT para trabalhos acadêmicos estabelecem padrões referentes à sua estrutura, formatação e referenciação. São publicadas em cadernos específicos numerados e, de tempos em tempos, atualizadas pela associação. Seu acesso costuma ser proporcionado pela instituição de ensino, já que as normas são pagas.
A fim de facilitar a vida dos estudantes, pesquisadores da UEMG reuniram-se para consolidar em um único documento as orientações para os trabalhos acadêmicos da universidade. A primeira edição do livro Normalização de publicações técnico-científicas da UEMG foi publicada em 2022 e, agora em 2024, foi lançada a segunda edição do documento, na qual os autores atualizaram as diretrizes para citações com base na NBR 10520 de 2023. A obra está disponível para download no catálogo da Editora e contém, ainda, padrões de apresentação dos trabalhos no âmbito da UEMG, como modelos de capas para TCCs, dissertações e teses, a fim de promover uma identidade gráfica própria à Universidade.
Então lembre-se, antes de elaborar seu trabalho acadêmico, confira a segunda edição do Normalização de publicações técnico-científicas da UEMG. E não deixe de consultar também as próprias normas da ABNT, caso necessário. ;)
Acesse em: https://bit.ly/normalizacao-uemg-2ed.
*Gabriella Noronha é coordenadora da Editora UEMG. Doutoranda e mestra em Design, é servidora de carreira do Estado de Minas Gerais desde 2008 e estuda as possibilidades de contribuição do design para a melhoria dos serviços públicos e com foco social.