Por Amanda Rabelo Chaves*
Acessar informação na internet está se tornando uma atividade cada vez mais fácil, e vemos mais e mais editoras expandirem sua atuação para o universo da publicação on-line. No Brasil, cerca de 93% das editoras universitárias filiadas à Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU) publicam seus livros no formato digital (ABEU, 2021). Os livros digitais, ao eliminarem barreiras geográficas, possibilitam que qualquer pessoa com acesso à internet possa usufruir de obras de relevância acadêmica, científica e cultural. Isso é especialmente importante nas regiões em que a distribuição dos livros físicos é limitada, ainda mais se considerarmos as proporções continentais do país, ou mesmo em ocasiões extraordinárias, como durante a pandemia de covid-19, período em que as pessoas não podiam sair de casa para irem às livrarias ou bibliotecas.
O livro digital publicado pelas editoras universitárias, assim como as publicações impressas tradicionais, passa por um rigoroso processo de avaliação, que é essencial para assegurar sua qualidade e credibilidade. Essa avaliação cuidadosa verifica a relevância e a originalidade da obra, garantindo que o material publicado atenda a altos padrões acadêmicos e científicos. Dessa forma, pode-se afirmar que a qualidade do conteúdo permanece, o que muda em relação ao impresso é apenas a materialidade do livro.
Além disso, o livro digital se destaca pela sua acessibilidade em diferentes dispositivos móveis, como celulares, tablets e computadores, proporcionando aos leitores uma flexibilidade para acessar conteúdos em qualquer lugar e a qualquer momento. No Brasil, onde 87,6% da população possui um telefone móvel (Agência IBGE Notícias, 2023), a disseminação de e-books tem margem para se tornar ainda mais ampla e inclusiva. A publicação digital, ao remover obstáculos da leitura apenas com o livro físico, possibilita uma democratização do saber, promovendo o progresso ao conectar a produção intelectual com o acesso à informação de qualidade, independente do dispositivo ou da localização geográfica e favorecendo as pessoas com baixo poder aquisitivo (além de serem mais baratos que os impressos, os livros digitais frequentemente são disponibilizados gratuitamente).
Assim, o grande acervo de livros disponíveis nesta 2ª Feira do livro de acesso aberto demonstra a riqueza da produção de livros digitais pelas editoras nacionais e fornece uma oportunidade para que o conhecimento seja compartilhado com o público, contribuindo, dessa forma, para a comunicação e divulgação científica.
Então, aproveite! A segunda edição da feira vai até o dia 8 de novembro de 2024! Confira em um só site centenas de títulos de editoras universitárias e científicas disponíveis para download gratuito: editora.uemg.br/feira-do-livro.
Referências:
AGÊNCIA IBGE NOTÍCIAS. Em 2023, 88,0% das pessoas com 10 anos ou mais utilizaram Internet. Disponível aqui. Acesso em: 24 out. 2024.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EDITORAS UNIVERSITÁRIAS (ABEU). Pesquisa ABEU 2021. Disponível aqui. Acesso em: 10 out. 2024.
*Amanda Rabelo Chaves é estudante na Universidade Federal de Minas Gerais (FALE/UFMG), onde estuda Tradução Português-Inglês desde 2022. É natural do estado de São Paulo, mas se mudou para Belo Horizonte em 2017 para estudar na PUC-MINAS, onde se formou em Relações Internacionais.
