Quando colocamos os nomes Rainer Maria Rilke e Clarice Lispector lado a lado, certo estranhamento ocorre. Diante das obras desses dois autores, percebemos que a arte é uma ação não calculada e exposta ao risco. Os vários caminhos que constituem essas obras parecem nos levar sempre, por meio de direções não determinadas, improvisadas mesmo, para aquilo que as torna múltiplas e esquivas a um olhar que insiste em rendê-las a partir de uma explicação que, ao eliminar qualquer dúvida, justifique a própria existência da obra de arte. Mas, se não há um caminho único, que caminho seguir, então, para comparar as obras de dois autores tão distintos um do outro? Como entender o fascínio de Rilke por um pintor como Cézanne? Que tipo de diálogo o texto de Clarice pode manter com a arte minimalista? As respostas para tais perguntas passam pela forma como Alexandre Rodrigues da Costa analisa os textos de Rilke e de Clarice em contraponto às artes visuais, revelando não apenas o que esses autores concebem como arte, mas de que forma ela interfere no olhar que eles lançam sobre o seu próprio fazer artístico e o mundo.
Assuntos: Artes, Estudos literários.
Autor:
Alexandre Rodrigues da Costa
ISBN: 978-85-5478-020-3
209 páginas
1ª ed. 2019
Sumário
Introdução
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